Hoje é o Dia Mundial do Combate à Poliomielite, uma doença altamente contagiosa e por vezes mortal, que afeta as crianças, podendo provocar paralisia irreversível em alguns casos. Apesar de o país não ter casos desde 1989, o cenário vem causando preocupação e, por isso, a resposta para a pergunta acima deve ser sim. 

Registros recentes em outras nações que também eliminaram a doença como os Estados Unidos confirmaram ainda no mês de agosto deste ano episódio e a circulação do vírus no esgoto de Nova York, aliados à queda nas coberturas vacinais no Brasil — a última campanha de vacinação chegou a imunizar apenas 60% das crianças — fazem do retorno da pólio uma possibilidade cada vez mais próxima. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), inclusive, classifica o risco como alto.

O que pode acontecer com quem não é vacinado contra a poliomielite?

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus (existente nos sorotipos 1, 2 e 3). O agente é capaz de infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas.

Quando se trata de uma pessoa sem histórico de vacinação, ou seja, sem a proteção imunológica contra o poliovírus, após uma infecção, o agente começa a se multiplicar livremente na garganta ou nos intestinos.

Em seguida, o vírus chega à corrente sanguínea e, se o quadro não for tratado a tempo, pode atingir o cérebro, causando a chamada “infecção paralítica”.

Embora a maioria das pessoas que contraia o vírus não apresenta sintomas, uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível em algum dos membros, geralmente nas pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios, segundo dados da Sociedade Brasileira de Imunização – SBIM.

Como receber a vacina contra a poliomielite e outras doenças?

A campanha nacional de vacinação 2022 contra a Poliomielite já foi encerrada, mas as doses do imunizante continuam disponíveis em todos os postos de saúde. A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Para que crianças de até cinco anos receba o imunizante, basta que seu responsável legal a leve até um posto de vacinação.

Vacinas contra a pólio

Existem duas vacinas contra a poliomielite: a VOP (vacina pólio oral) ou Sabin, também conhecida por ser a vacina da gotinha, e a VIP (vacina inativada pólio) ou Salk, administrada por via intramuscular, ou seja, com uma injeção. 

As crianças devem tomar ambos os tipos, está no calendário de vacinação do Ministério da Saúde, no total, são 5 doses contra a pólio. 

– VIP: aos 2, 4 e 6 meses. O intervalo recomendado entre as doses é de 60 dias. 

– VOP: aos 15 meses e 4 anos.

Calendário de Vacinação: Criança – 0 a 10 anos.

https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf

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Dr. Jandrei Rogério Markus

CRMTO 3120 | RQE 1528 e 1529