O desenvolvimento da linguagem de uma criança acontece aos pouquinhos e vai progredindo ao longo dos primeiros anos de vida.
A linguagem divide-se em duas partes: receptiva e expressiva. A linguagem receptiva é quando a criança possui a capacidade de compreender o que foi dito. Já a receptiva é a capacidade que a criança tem de se expressar. Ou seja, uma criança pode entender muito bem o que um adulto fala, mas não conseguir falar.
Cada criança tem seu próprio tempo, no entanto, a maior parte começa a desenvolver suas habilidades de fala logo no primeiro ano de vida, quando diz suas primeiras palavras e reproduz onomatopeias.
Ao longo dos meses seguintes, o vocabulário é expandido e repleto de novas palavras. Aos 2 anos, a criança é capaz de formar frases de duas a três palavras.
A linguagem segue sendo desenvolvida ao longo dos anos de forma gradativa. Aos 3 anos, é esperado que a criança seja compreendida por um adulto. Aos 5 anos, todos os fonemas já foram adquiridos pelo pequeno, que não deve apresentar nenhum tipo de dificuldade, troca ou atraso na fala.
Agora que você já sabe como ocorre o desenvolvimento da linguagem, é preciso saber como identificar quando há uma dificuldade ou atraso na fala de sua criança.
Como saber se existe um atraso na fala da criança? – Entities which provide prescription drugs and offer ordering drugstore-catalog.com online.
É importante que a família fique atenta e acompanhe o desenvolvimento da linguagem da criança. Pois, existem muitos casos de distúrbios na comunicação ocasionados pela demora em identificar e buscar a ajuda de um especialista, e consequentemente, de iniciar o tratamento do problema.
Para isso, listei abaixo, algumas ações, que você deve observar, quais sua criança está reproduzindo, se ela faz todos os estímulos receptivos e expressivos esperados na idade dela ou reproduz ações próprias de uma faixa etária inferior. São eles:
– Em qualquer idade:
Não reage aos sons ou que não balbucia ou produz sons com a voz.
– Entre 1 e 2 anos de idade:
- Dificuldade de compreender frases ou solicitações verbais;
- Não aponta objetos;
- Não usa gestos simbólicos (ex: adeus);
- Não tenta imitar sons ou palavras;
- Não entende instruções simples.
– Após os 2 anos:
- Não compreende a função dos objetos (ex: telefone, escova, etc);
- Não produz palavras espontaneamente;
- Não combina palavras;
- Repete palavras sem um bom sentido para a comunicação
- Tom de voz anormal ou anasalado;
- Não imita palavras ou ações.
Causas por trás do atraso na fala
Os atrasos da fala não têm, todos, a mesma origem, a mesma evolução, misturam-se problemas diversos em sua expressão, origem e gravidade. Eles podem ser causados por:
– Falhas na audição;
– Distúrbios específicos de linguagem;
– Alterações neurológicas;
– Deficiência intelectual;
– Autismo;
– Apraxia da fala;
– Falta de estimulação verbal;
– Uso excessivo de aparelhos eletrônicos.
Caso identifique qualquer indício relacionado ao atraso na fala, leve a criança a um fonoaudiólogo para uma avaliação especializada. A partir de uma investigação clínica completa, é possível saber se existe realmente um retardo na linguagem infantil ou não.
Se houver um atraso na fala, o profissional indicará a intervenção mais adequada para o caso do paciente. Em algumas situações, apenas a orientação dos pais é o suficiente para estimular a linguagem.
Dessa forma, algumas tarefas podem ajudar, como ler livros, contar histórias, repetir palavras, ouvir músicas.
Em casos mais críticos, a terapia é a única solução para tratar o atraso na fala! Em geral, o fonoaudiólogo trabalha em conjunto com outros profissionais da área médica, como pediatras, psicólogos e pedagogos.
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Dr. Ricardo Cardoso Guimarães
Pediatra – Neonatologista
CRM 3125 | RQE 14723