Para compreender a ansiedade na adolescência e como lidar com ela, é necessário entender cada termo especificamente: adolescência e ansiedade.

Adolescência: o adolescente é um ser em construção. Acontecem mudanças biológicas; pressões constantes de vários ambientes; novas descobertas; situações de tensões e conflitos psicológicos. Isso acontece porque o adolescente está aprendendo a lidar com o novo corpo e padrão de comportamento, em uma mudança que é permanente e muito rápida. O comportamento dos adolescentes é reflexo das suas interações sociais.

Ansiedade: um estado emocional, presente em todo ser humano. É uma emoção considerada normal, básica e necessária à sobrevivência de todo ser vivo. Serve para advertir quanto a um possível perigo. É considerada anormal quando demasiada, ou seja, no momento em que começa a comprometer atividades acadêmicas, familiares, relacionais, sociais e de trabalho.

É importante ressaltar que, filhos de pais ansiosos têm mais chances de apresentar ansiedade, isso por causa do fator genético e também ambiental. Geralmente os adolescentes que apresentam mais queixas de ansiedade apresentam estes sintomas:

• autocrítica intensa;
• dificuldade de concentração;
• timidez;
• pensamentos intrusivos;
• aumento do estado de alerta e do estresse;
• aumento na forma de se assustar com as situações;
• ataques de pânico,
  entre outros sintomas.

Mas, afinal, como lidar com a ansiedade na adolescência?

1. Acompanhamento com psicólogo: o psicólogo é um grande facilitador para se fazer ressoar o diálogo sobre o processo da ansiedade e apresenta técnicas específicas para lidar com o assunto.
2. Intervenção medicamentosa: em alguns momentos, a intervenção medicamentosa é adequada para o adolescente reagir rápido e com o processo psicoterápico, aprender a lidar com sua ansiedade. Mas quem define isso é o profissional.
3. Proteção: protegê-los de experiências adversas e fatores de risco que possam afetar seu potencial de se desenvolver físico e mental na vida adulta.

No mais, atividades simples do dia a dia, minimizam os efeitos da ansiedade na rotina do adolescente:

• ter uma rotina estabelecida;
• fazer coisas que gosta;
• tirar um tempinho para si;
• pensar em um problema de cada vez;
• fazer pausas para respirar plenamente (técnicas de respiração ajudam muito).
• se movimentar: realizar uma atividade física de que goste.

Ao notar sinais de ansiedade exacerbada em um adolescente, procure ajuda de um profissional.

Camila Coelho Bittar Bonfim
Psicóloga Cognitiva-comportamental e Neuropsicóloga | CRP 23-493