Adolescência e meningite: a importância da prevenção também nessa faixa etária
24/04/2022
Blog_Dr. Elaine Lobo_Meningite

Silenciosa e grave, a meningite é uma doença que pode levar à morte em até 48 horas a partir dos primeiros sintomas. Embora esteja muito relacionada às crianças, os adolescentes também precisam da imunização, pois estão entre os principais transmissores e representam 20% dos portadores assintomáticos do meningococo.

Portanto, neste 24 de abril – Dia Mundial de Combate à Meningite – preparei este material para te ajudar a compreender essa doença e saber da importância da prevenção também nessa faixa etária.

O que é a meningite?

Meningite é uma inflamação que acontece nas meninges, que são as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. Ela tem várias causas – agente infeccioso – que podem ser bactérias, vírus, fungos, protozoários ou parasitas.

Nem todas as meningites são contagiosas ou transmissíveis. As transmissíveis são a bacteriana e a viral que se espalham de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias (beijar, tossir, espirrar) ou por contaminação fecal, especificamente, no caso da viral.  

Fiquem atentos aos sinais de alertas

-Febre persistente por mais de 48 horas;

-Prostração; 

-Recusa alimentar;

-Pele com pontinhos avermelhados;

-Cianose (arroxeado) de mãos e pés; 

-Tremores;

-Cefaleia persistente; 

-Perda de equilíbrio, tontura.

Prevenção da meningite

​Depois da água potável e da boa higiene, a vacinação é a forma ideal para impedir que vírus e bactérias que causam a doença se espalhem.

Temos 3 tipos de vacinas contra a meningite:

– ACWY (a partir de 3 meses, na Rede particular);

– Meningite B (somente rede particular);

– Meningite C (somente rede pública).

Dicas aos pais e responsáveis:

– Estejam atentos aos sinais e sintomas, principalmente em crianças menores de 5 anos;

– Procurem o médico pediatra para avaliação imediata;

– Se seu filho tiver febre alta, não o mande para a escola. Procure um médico para saber o motivo da febre;

– Avisem a escola se seu filho estiver com meningite;

– Após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto essas crianças não precisam ser evitadas ou discriminadas, voltando normalmente a frequentar a escola;

– Mantenha  o cartão  de vacinas em dia e as consultas de puericultura.

Dra. Elaine Carneiro Lôbo

Médica Pediatra e Primeira Tesoureira da STOP

CRMTO 3016 | RQE 1155