Silenciosa e grave, a meningite é uma doença que pode levar à morte em até 48 horas a partir dos primeiros sintomas. Embora esteja muito relacionada às crianças, os adolescentes também precisam da imunização, pois estão entre os principais transmissores e representam 20% dos portadores assintomáticos do meningococo.
Portanto, neste 24 de abril – Dia Mundial de Combate à Meningite – preparei este material para te ajudar a compreender essa doença e saber da importância da prevenção também nessa faixa etária.
O que é a meningite?
Meningite é uma inflamação que acontece nas meninges, que são as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. Ela tem várias causas – agente infeccioso – que podem ser bactérias, vírus, fungos, protozoários ou parasitas.
Nem todas as meningites são contagiosas ou transmissíveis. As transmissíveis são a bacteriana e a viral que se espalham de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias (beijar, tossir, espirrar) ou por contaminação fecal, especificamente, no caso da viral.
Fiquem atentos aos sinais de alertas
-Febre persistente por mais de 48 horas;
-Prostração;
-Recusa alimentar;
-Pele com pontinhos avermelhados;
-Cianose (arroxeado) de mãos e pés;
-Tremores;
-Cefaleia persistente;
-Perda de equilíbrio, tontura.
Prevenção da meningite
Depois da água potável e da boa higiene, a vacinação é a forma ideal para impedir que vírus e bactérias que causam a doença se espalhem.
Temos 3 tipos de vacinas contra a meningite:
– ACWY (a partir de 3 meses, na Rede particular);
– Meningite B (somente rede particular);
– Meningite C (somente rede pública).
Dicas aos pais e responsáveis:
– Estejam atentos aos sinais e sintomas, principalmente em crianças menores de 5 anos;
– Procurem o médico pediatra para avaliação imediata;
– Se seu filho tiver febre alta, não o mande para a escola. Procure um médico para saber o motivo da febre;
– Avisem a escola se seu filho estiver com meningite;
– Após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto essas crianças não precisam ser evitadas ou discriminadas, voltando normalmente a frequentar a escola;
– Mantenha o cartão de vacinas em dia e as consultas de puericultura.
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Dra. Elaine Carneiro Lôbo
Médica Pediatra e Primeira Tesoureira da STOP
CRMTO 3016 | RQE 1155